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TEXTOS

 

Espaço dedicado a textos que são produzidos por alunos, docentes e colaboradores a fim de enriquecer mais o nosso conhecimento e despertar nossa criatividade para também escrever.

O NASCIMENTO DO PRÉ-TERMO E A FORMAÇÃO DOS LAÇOS AFETIVOS

 

Sonia Maria Martins Guirado – sonia.guirado@bol.com.br Docente junto ao Curso de Formação de Psicólogos da Universidade de Marília-Unimar.

 

A experiência de ter um filho inicia um novo ciclo vital da mulher e do homem com grandes repercussões no meio familiar e social de ambos. Durante o período gestacional inicia-se o processo de formação da maternalidade e paternalidade que vai propiciar ao casal a possibilidade de ser mãe e pai. Todos nós possuímos um bebê fantasmático, interior, criado pelas vivências iniciais de nossas vidas. Também faz parte de nosso mundo mental o bebê imaginário, sonhado e idealizado de forma inconsciente que permanece apenas no mundo interno de cada um de nós. O bebê prematuro se contrapõe ao bebê sonhado, idealizado de forma inconsciente como bonito e perfeito implicando em frustrações tanto na mãe quanto no pai. A solidão a que é submetido o bebê pré-termo quando colocado numa incubadora, os procedimentos que lhes são imputados, a dor física que vivencia, são agressões muito intensas para um ser pequeno e frágil com pouca capacidade física e mental de defender-se do mundo externo. O afastamento da mãe enquanto o bebê permanece internado em unidade de terapia intensiva neonatal, pode causar-lhe danos irreversíveis no que se refere à formação dos laços afetivos, pois as vivências iniciais de desprazer e abandono podem propiciar o uso maciço de defesas como o isolamento, entre outras. Favorecer a permanência dos familiares, principalmente da mãe, numa unidade de internação neonatal tem minimizado o sofrimento mental precoce desse bebê proporcionando melhores condições psicológicas à dupla mãe-filho, fortalecendo assim o vínculo afetivo entre os mesmos e melhorando a capacidade do bebê para formar futuros laços emocionais. 

 

Quer saber mais sobre o tema?

Bowby, J. (1987) Formação e rompimeno dos laços afetivos: São Paulo: Martins Fontes.

 

Brazelton, T. B. ( 1988 ) O desenvolvimento do apego: uma família em formação. Porto Alegre: Artes Medicas.

 

Spitz, R. A. ( 1996 ) O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes.

 

 

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